Acordei sob o concreto frio de uma ponte abandonada, os sons da cidade se diluindo como sussurros distantes, e ali me encontrei — sozinho, sem nome, sem passado visível. O primeiro ato de Herdling me agarrou pelo instinto: ao levantar, percebi diante de mim uma criatura gigantesca de lã densa e olhos luminosos — o primeiro dos chamados calicórnios — enredado no lixo urbano. O arrepio percorreu meu corpo ao libertá-lo, quando pousei a mão em sua cabeça felpuda e percebi que ali aquilo não era apenas um animal, era o início de tudo.
Segui com o bastão improvisado na mão — um galho revestido de flores, símbolo silencioso da missão que começava. O mundo à minha volta parecia uma cidade que se esqueceu de si própria: carros virados, letreiros quebrados, edifícios que tremem sob a névoa cinza. Nesse cenário, guiar o calicórnio para fora desse concreto-labirinto foi o primeiro desafio emocional. Cada passo ecoava a responsabilidade de um destino que ainda não entendia.
Conforme avançava, novas criaturas juntavam-se ao rebanho — cada uma com olhos que contavam histórias silenciosas, cada uma com pelagens e chifres diferentes. Ainda assim, o arco da missão era claro: levar essas criaturas para as montanhas distantes onde pertencem. Guiei-as usando comandos simples: atrás delas, apontando com o bastão, incentivando-as a correr, ou parar, ou avançar devagar. O controle pode parecer singelo, quase ingênuo, mas senti peso em cada decisão: avançar muito rápido arriscava-las, parar demais, deixava-as vulneráveis.
Em determinado trecho da cidade-início, senti o suspense crescer — as vias tornaram-se estreitas, sombras longas caíam sobre os muros. Cada calicórnio respondia de modo diferente: alguns hesitavam, outros trocavam olhares comigo e entre si. Eu sentia o coração apertar: “E se eu perder um desses seres?”, pensei. O jogo não coloca grandes monstros na face da tela, mas há uma tensão sutil, quase invisível — você guia uma família frágil por um mundo que parece ter virado de cabeça para baixo.
Quando finalmente deixei os escombros urbanos para trás e adentrei uma clareira aberta, o som do vento soprando entre flores azuis enchera-me de alívio — era aí que o jogo respirava. Vi os calicórnios correrem livremente por aquele chão amplo, o bastão levantado em sprint de manada: senti um êxtase misturado com pavor — porque quanto maior o rebanho, maior a responsabilidade. E ali percebi: este não é apenas guiar animais, é construir laços, é carregar vidas.
Encerrando essa Parte 01, parei em um topo, olhando o horizonte montanhoso que aguardava. O silêncio tomou conta e pensei: “O que virá a seguir? Que provações me esperam?”. A névoa à frente parecia prometer tanto aventura quanto sacrifício. Saí desse início não apenas com controle sobre o bastão, mas com uma sensação de lar improvisado formada entre eu e meus calicórnios. E você, que está prestes a me acompanhar nessa gameplay, prepare-se — porque cada passo nessa jornada silenciosa pulsa com emoção, mistério e um único objetivo: levar essa manada para casa.
#Herdling #GameplayPTBR #XboxCloudGaming #GamePass #AventuraAtmosferica
Comentários
Postar um comentário