Desde o primeiro segundo em que iniciei minha gameplay de Hollow Knight: Silksong, fui tragado por um mundo sombrio, melancólico e absolutamente fascinante. Aos 00:00, o jogo já me envolvia com sua ambientação densa e trilha sonora hipnótica. Quando cheguei em Campânula (01:25), senti como se estivesse entrando em uma catedral esquecida pelo tempo, onde cada som de sino parecia anunciar algo sagrado — ou amaldiçoado. A cidade pulsa com mistério, e as Missões do Mural (04:26) me colocaram frente a frente com escolhas que pareciam ecoar por todo o reino.
O encontro com o Caça-Relíquias, Scrounge (05:44), foi um dos momentos mais intrigantes. Ele parecia saber mais do que dizia, e cada relíquia que me mostrava carregava uma história não contada. Pouco depois, conheci o Mestre Alfineteiro, Plinney (08:12), um artesão excêntrico que me ofereceu upgrades que mudaram completamente minha abordagem de combate. A chegada em Cascomadeira (12:24) foi como respirar ar fresco — até perceber que o perigo ali era ainda mais sutil e cruel.
A busca pelo entregador desaparecido, Tipp (15:03), foi pessoal. As pistas me levaram por caminhos tortuosos, e quando finalmente o encontrei (17:10), senti um misto de alívio e inquietação. Ele não era mais o mesmo. A partir daí, mergulhei no Rito do Pólipo — uma sequência de batalhas e revelações que me marcaram profundamente. O Coração de Pólipo (22:39, 24:27, 32:36, 35:45) não é apenas um chefe: é uma entidade que parece pulsar com o próprio sofrimento do mundo. Cada confronto foi uma dança entre desespero e esperança.
Quando finalmente alcancei os Sinos Prateado (44:10), senti que estava diante de algo maior que eu. O som que ecoava deles parecia reverberar dentro da minha alma. E então, no último ato, o encontro com Grisradix (59:28) foi como encarar o guardião de todos os segredos que eu havia desenterrado. Ele não falou muito, mas sua presença dizia tudo. Foi o encerramento perfeito para uma jornada que me transformou.
Silksong não é apenas um jogo. É um poema sombrio, uma ópera de dor e beleza. Cada personagem, cada cenário, cada som me fez sentir parte de algo vivo. E ao desligar o console, fiquei com a sensação de que uma parte de mim ainda estava lá, perdida entre os sinos e os tentáculos.
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